Esse post serve como complemento ao post anterior da Kátia, sobre o conceito da criação das animações.
Animação para Web // 60 segundos
A animação visa apresentar o conceito extraído das obras de Boltanski: vida/morte, memória e esquecimento. Considerando a técnica de informações, imagens selecionadas e sobrepostas, que são colocadas em evidência na construção da experiência, à medida que ele constrói histórias. Nós iremos construir, baseando-se na construção desses fragmentos de memória, uma nova experiência a partir das dicas que ele nos dá.
A interface é constituída por um cenário que se altera a medida que é percorrido, e uma personagem (anônima), aonde ela vai passar parte do tempo caminhando em linha reta, simbolizando a linha da vida. Por detrás (no cenário) estarão sendo projetadas suas lembranças, como flashs de memórias, retratando fatos que aconteceram, e nos fazendo refletir sobre a questão da vida. Ao final da animação, ou da "vida", a personagem interrompe (ou é interropida) por um acontecimento. Ela vira-se para a câmera, de modo que o foco está apenas em sua face. A mesma é literalmente enquadrada, como num retrato. A partir do distanciamento da câmera, podemos vê-la inserida como parte da obra. Nas obras de Boltanski os retratos utilizados são de pessoas que morreram, dessa forma iremos remeter à morte no contexto da animação.
Animação para Celular // 30 segundos
Assim como na animação para Web, também visaremos apresentar o conceito extraído das obras de Boltanski, especificamente sobre a questão da Morte. Não sobre o espetáculo da morte, mas sim sobre relíquias e traços de vidas vividas. A fotografia é um tipo de natureza morta, uma vida congelada. Utilizaremos o retrato como ponto de partida.
A interface da animação inicia com uma personagem (também anônima), segurando um álbum de fotografias. Ao olhar essa imagem que se confunde, ora com um retrato, ora com um retrato “vivo”. Um retrato que carrega recordações, estas que são reproduzidas ao fundo, com imagens justapostas remetendo às lembranças “vivas” que uma fotografia contém. Em determinado momento a personagem levanta-se e caminha para fora do retrato. Porém, sua imagem permanece lá. Dessa maneira buscaremos mostrar que uma fotografia em si, possui vida, mesmo que a pessoa tenha morrido. “O que importa, é evitar o esquecimento” (Boltanski).
Por Renata L T Deformes
Resumo do inter
Há 15 anos
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