terça-feira, 9 de junho de 2009

Apresentação Inter

Nossa apresentação no inter ficou bem legal, soubemos explicar bem o conceito, mostramos o todo processo de criação, alguns vídeos , fotos do grupo, o making off e varias outras coisas. Nossa apresentação foi boa mais tiveram algumas criticas, do que poderia ser melhorado e do que poderíamos ter feito de diferente.
No começo do inter eu não participei muito do trabalho teórico porque da forma que ficou dividido umas fizeram muito e as outras fizeram menos, mais cada uma ajudou do jeito que pode.
Depois na parte da animação eu vetorizei uns vídeos paguei algumas impressões comprei algumas coisas que faltavam e na parte final que eu ajudei mais.
No nosso grupo eu acho que faltou um pouco mais de união e dividir melhor o que era pra cada um fazer.
Acho que fomos bem e amanha vamos saber a nota que tiramos.
por hoje é isso ; )

A Apresentação

Nossa apresentação do ‘inter’ foi melhor do que imaginávamos, porque estávamos todas nervosas, apavoradas, (com medo de gaguejar, com medo da banca) por fim, acredito que conseguimos transmitir a mensagem que desejávamos passar. Claro que sempre pode ser melhor, tudo pode ser melhor, com mais trabalho, dedicação e principalmente organização (tentamos de verdade ser o melhor!).
Contudo, tivemos problemas no decorrer do trabalho (com a gráfica na etapa do PDP) e nem tudo ficou perfeito. Foram nos apontadas pela banca às falhas no uso dos signos (saia colegial e rabo de cavalo em uma personagem com muitas lembranças para ser apenas uma ‘menininha’) e desperdiço de papel na peça gráfica, recebemos dicas para não cometer os mesmos erros posteriormente, assim como, também foram nos apontadas às partes boas (um exemplo foi que conseguimos manter a identidade do trabalho do começo ao fim) que, ainda podem ser trabalhadas e amadurecidas para ficar melhor ainda em semestres seguintes.
Na apresentação eu falei sobre os signos utilizados por Boltanski em suas obras, como o uso de fios para interligar pessoas anônimas e também sobre o uso de objetos pessoais e do cotidiano como, por exemplo, as latinhas de biscoito, roupas e etc.
Nem todas se envolveram de corpo e alma no trabalho, algumas apenas fizeram parte do grupo, se preocuparam com as notas que receberiam quando as datas de entrega estavam próximas. (detalhe!?) Creio que se todas tivessem realmente envolvidas, ajudando de qualquer maneira que fosse o trabalho teria saído muito melhor do que saiu. (ajuda nunca é demais)
Mesmo assim, nosso trabalho saiu, lutamos até o fim e podemos considerar vitória, mesmo sem conhecimento da nota. Fomos elogiadas afinal de contas (rs) e eu fiquei muito contente com isso, realmente trabalhamos duro e com essa experiência aprendemos muito. E é ai que está à questão, realmente absorver o projeto interdisciplinar, trabalhar em grupo, se dedicar, planejar, colocar em prática, e ver resultados. Tentando sempre ser melhor e melhor!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Trabalho final

Nossa apresentação na banca foi um tanto que tranquila. Pois descrevemos bem os objetivos, as dificuldades e as falhas. Em geral fomos elogiadas pelo trabalho, porém apontaram-nos algumas falhas e sugestões que podem nos auxiliar bastante e servir como lição para os próximos interdisciplinares!
Citei sobre suas obras, suas inspirações para suas obras, seus significados, e é claro em quais obras nos baseamos para montar as nossas animações.
A participação do grupo no projeto interdisciplinar ficou um tanto quanto vago, foram poucas as que realmente colaboraram para o trabalho, mas mesmo assim, acho que conseguimos !
Um fator que consideramos como positivo foi a questão da banca ter dito que conseguimos manter a identidade do trabalho desde o começo além de nos darem incentivos para fazermos trabalhos melhores daqui pra frente.
Em geral fomos elogiadas pela banca, algo importante questionado pela professora Cristine de fotografia foi o fato de escolhermos melhor os signos utilizados (como rabo de cavalo e saia por exemplo).

Acredito que conseguimos chegar onde queríamos, porém agora com mais conselhos sobre o trabalho final, poderemos realizar algo melhor! E pretendemos continuar sempre assim, vivendo e aprendendo cada vez mais!


Kátia Akemi - DI-MA2

Site + animações

E pra finalizar essa parte do trabalho, segue o site contendo as duas animações (web e celular). Apresentamos o inter na semana passada, a banca orientadora contribuiu com sugestões para que futuramente possamos melhorar as duas animações.

http://dejavu.lastdesign.com.br/


Obs: um agradecimento especial ao Rodrigo que nos ajudou com a trilha sonora e ao Guz, por ceder sua casa para os encontros do grupo e pelas orientações nas madrugadas. Ah, e obrigada ao Marquinho pelo auxílio nas filmagens e por ceder o seu tecido verde.. :)

Por Renata L T Deformes

Fotos Making of e grupo

Essas são algumas das imagens realizadas durante o trabalho, as mesmas imagens foram utilizadas na animação para web.



E uma montagem criada baseada no conceito do trabalho, utilizando as fotos das integrantes do grupo, da nossa orientadora Martha Gabriel e o artista escolhido, Christian Boltasnki.



Por Renata L T Deformes

Painel e encarte DVD

Seguindo a mesma linguagem adotada desde o início do trabalho, segue nosso painel e encarte do dvd.

Filmagens e vetores - celular

Na animação para celular, utilizamos o retrato como ponto de partida. Imagens justapostas que remetem às lembranças “vivas” que uma fotografia contém.

Em determinado momento a personagem levanta-se e caminha para fora do retrato. Porém, sua imagem permanece lá. Dessa maneira buscaremos mostrar que uma fotografia, mesmo que podendo ser comparada como natureza morta, possui vida.

Inicialmente a idéia era utilizar vídeo também, mas em função do peso das imagens, optamos em vetorizar os vídeos realizados (isso deu mais emoção às animações) e o conseguimos concluir dentro da proposta do trabalho.



Por Renata L T Deformes

Filmagens

Desde o começo do trabalho optamos em integrar o vídeo na animação (que teria que ser entregue em flash). Bom, como não tínhamos experiência alguma em filmagem, croma key / after effects... tivemos que fazer váaaaarias tentativas até conseguir de fato fazer funcionar.




Alguns vídeos do making of:



É gente... não foi fácil.. :)







Até que uma boa alma pensou em fixar o tecido.. e bom, deu certo :)



Por Renata L T Deformes

Criação da personagem

Nossa, ficamos muito tempo sem postar aqui! Vou buscar fazer uma rápida retrospectiva contando do nosso trajeto nesses últimos dias.

Utilizamos uma das integrantes do grupo, a Kátia, como nossa modelo/personagem para a criação das peças gráficas e da animação de web.



Por Renata L T Deformes

terça-feira, 19 de maio de 2009

Na Reta Final

Escolhemos o Chistian, porque assim que vimos suas fotos, pesquisando a lista que nos foi disponibilizada, as dele foram as que mais nos chamou a atenção pela questão do trabalho diferente, com instalações, luz e sombra, tratar de memória e lembranças (que acabou sendo nosso recorte) e com cores que particularmente apreciamos.
Nosso grupo, graças a Deus se deu bem, desde que decidimos ser um grupo, quase todas nós temos muito em comum. No inicio a dificuldade foi à pesquisa porque não havia muita informação na Internet sobre ele, tudo que encontrávamos de literatura era em inglês.
Ajudei em tudo que pude, na verdade apaixonei-me pelo trabalho dele e isso fez com que eu ficasse bem envolvida no projeto. Sou muito curiosa sobre fotografia e sempre tive o desejo de aprender e como temos a matéria de fotografia estou cada vez mais curiosa sobre o assunto, não só Boltanski, mas tudo!
A entrega do pré-projeto foi uma correria, e só aí, com o susto, que tentamos nos organizar melhor e nos comunicar mais, mesmo assim o encontro fora da faculdade é complicado para todas nós, pois quase todas trabalhamos e os horários não batem. Moro longe da faculdade o que também atrapalha muito.
A trancos e barrancos, dividimos as tarefas da melhor maneira possível e sempre nos comunicamos nem que seja através da Internet. Na entrega do PDP, tivemos problemas com a gráfica e não foi por entregar na ultima hora e sim por incompetência da mesma, porém, entregamos o trabalho.
Agora, estamos correndo com as animações. Filmamos os personagens e estamos correndo com os vetores.
Eu tento ajudar em tudo que posso, um pouco aqui, outro ali. Tenho mais familiaridade com o Photoshop, então senti que sou mais útil na tarefa de tratar as fotos que serão utilizadas na animação e não sou a melhor em redação, mas com a ajuda das outras integrantes do grupo, principalmente da Renata, que já tem mais experiência, fazendo com que o nosso trabalho fique apresentável.
Segundo nossa orientadora, Professora Martha, o conceito de animação está dentro do contexto e as idéias são boas, estamos correndo agora, colocando-as em prática e tentando não perder o fio da meada com as restrições de repertório em relação aos softwares. A maioria das idéias são ótimas e como não dominamos os softwares o resultado final não é exatamente o esperado. O que, se Deus quiser, não acontecerá conosco, pois estamos nos esforçando muito para que este resultado seja o melhor, estamos sempre tirando duvidas com os professores e recorremos a tutoriais na Internet. Jennifer e eu, estamos produzindo o cartaz, ela com a diagramação e eu responsável pelos textos. Na verdade todas nós nos envolvemos em todas as etapas do trabalho e com isso, estamos aprendendo muito.
Estamos na reta final, com aquele frio na barriga, tudo muito corrido, tendo que conciliar as outras matérias com o interdisciplinar e como já foi dito, quase todas nós trabalhamos e temos outras atividades. A nossa expectativa é enorme, estamos nos esforçando e dando o melhor de nós neste projeto.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Etapas finais

Foi trabalhoso mas valeu a pena!Todo o nosso esforço, o nosso "mico" com as gravações do filme. Como a Renata citou no post anterior, foi um trabalho segurar o pano verde, até alguém ter a brilhante idéia de colar algo que segurasse o pano para que ele não voasse. E deu certo!
Decidiram me eleger "modelo" do grupo,devido ao fato de eu ter muitas fotos pois gosto de registrar todos os momentos da minha vida. E de minha silhueta ser semelhante ao da garotinha que desenhamos para nosso PDP.
Fizemos as filmagens, utilizamos o programa Adobe After Effects, onde a Renata ficou encarregada de manuzeá-lo pois ela conhece melhor o programa do que o resto do grupo.
Eu fiquei encarregada de fazer as animações da nossa animação, como os vultos andando, e o gato que passa andando também pela minha "linha de vida",utilizando o programa Adobe Flash. Ainda vamos trabalhar a tipografia, vamos nos encontrar esta semana para arrumar tudo nos mínimos detalhes, se for preciso, vamos virar madrugadas.
Também fui responsável pelo story-board da animação para web.


Kátia Akemi - MA2

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Gente "animada"

Fiquei alguns dias sem escrever no blog, a corrida que estamos enfrentando pra conseguir conciliar todos os trabalhos, é realmente maluca. Nos últimos dias houveram algumas dificuldades do grupo para se encontrar. Durante a aula foi combinado de buscar referências para auxiliar nas animações, nem todas as pessoas do grupo se animaram na coleta, mas demos continuidade. E no final, tudo está caminhando, ou melhor correndo, da melhor maneira.

Desde o começo do trabalho fiquei responsável em coordenar e fazer a direção de arte, tanto do trabalho teórico, como do prático. Busquei sempre ficar atenta, e respeitando as idéias das outras integrantes do grupo, além de ouvir e aplicar as orientações dos professores, para posteriormente juntar as "peças".

A principal dificuldade (além de conseguir se encontrar fora faculdade) foi pensar em como produzir o chroma-key para a animação para web, precisávamos de um estúdio, de uma câmera e de um pano verde.

* Pra quem não sabe, o chroma-key é uma técnica de efeito visual que consiste em colocar uma imagem sobre uma outra através do anulamento de uma cor padrão, no caso, utilizamos o verde. Pra efeito de dúvidas, pode ser feito com qualquer cor, o efeito geralmente é melhor realizado se a cor a ser escolhida como transparente, for uma das cores básicas do sistema RGB(Red, Green, Blue).

Dia 1 de maio, foi realmente o dia do "trabalho". Conseguimos improvisar em tudo, arrumamos um pano verde, a câmera, e bom, o estúdio acabou sendo a Avenida Sumaré, pois nossa personagem precisava caminhar em uma área plana. Demoramos um bocado até pensar na melhor solução pro croma-key funcionar... foi além de instrutivo, muito divertido! Ainda restam muitas dúvidas, mas com a ajuda dos professores, de alguns amigos (valeu Guz e Marquinho), que nos deram ótimas dicas, e de um pouco de força de vontade em ler e "fuçar" a internet, encontramos diversos tutoriais. E aí vamos nós! Vamos tentar através de fotos, (e alguns vídeos) contar um pouco de como foi ( está sendo), o processo.








Por Renata L T Deformes

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Peça gráfica

Seguem algumas fotos da peça gráfica.





E um vídeo, da peça sendo manuseada.


Peça gráfica - Chistian Boltanski from hellorenats on Vimeo.

Por Renata L T Deformes

Complementando o post sobre os StoryBoards

Esse post serve como complemento ao post anterior da Kátia, sobre o conceito da criação das animações.

Animação para Web // 60 segundos
A animação visa apresentar o conceito extraído das obras de Boltanski: vida/morte, memória e esquecimento. Considerando a técnica de informações, imagens selecionadas e sobrepostas, que são colocadas em evidência na construção da experiência, à medida que ele constrói histórias. Nós iremos construir, baseando-se na construção desses fragmentos de memória, uma nova experiência a partir das dicas que ele nos dá.

A interface é constituída por um cenário que se altera a medida que é percorrido, e uma personagem (anônima), aonde ela vai passar parte do tempo caminhando em linha reta, simbolizando a linha da vida. Por detrás (no cenário) estarão sendo projetadas suas lembranças, como flashs de memórias, retratando fatos que aconteceram, e nos fazendo refletir sobre a questão da vida. Ao final da animação, ou da "vida", a personagem interrompe (ou é interropida) por um acontecimento. Ela vira-se para a câmera, de modo que o foco está apenas em sua face. A mesma é literalmente enquadrada, como num retrato. A partir do distanciamento da câmera, podemos vê-la inserida como parte da obra. Nas obras de Boltanski os retratos utilizados são de pessoas que morreram, dessa forma iremos remeter à morte no contexto da animação.


Animação para Celular // 30 segundos
Assim como na animação para Web, também visaremos apresentar o conceito extraído das obras de Boltanski, especificamente sobre a questão da Morte. Não sobre o espetáculo da morte, mas sim sobre relíquias e traços de vidas vividas. A fotografia é um tipo de natureza morta, uma vida congelada. Utilizaremos o retrato como ponto de partida.

A interface da animação inicia com uma personagem (também anônima), segurando um álbum de fotografias. Ao olhar essa imagem que se confunde, ora com um retrato, ora com um retrato “vivo”. Um retrato que carrega recordações, estas que são reproduzidas ao fundo, com imagens justapostas remetendo às lembranças “vivas” que uma fotografia contém. Em determinado momento a personagem levanta-se e caminha para fora do retrato. Porém, sua imagem permanece lá. Dessa maneira buscaremos mostrar que uma fotografia em si, possui vida, mesmo que a pessoa tenha morrido. “O que importa, é evitar o esquecimento” (Boltanski).

Por Renata L T Deformes

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Story Boards

Conforme a Renata descreveu abaixo, postaremos todos os processos de criação do PDP.
Hoje, irei postar os story boards.

Animação para WEB 1 minuto.



Nas telas, a garota anda em um cenário completamente branco, e conforme ela anda suas lembranças vão sendo passadas ao fundo, lembranças como felicidade,vitórias,perdas, etc as lembranças que marcaram a vida dela e que fazem eça tornar-se única dentro da sociedade.Até que ela passa por um quadro, com vários retratos (uma obra de Boltanski), ela o observa, vira-se para a câmera, nesse momento haverá um zoom para o rosto da menina, tornando-se a forma de um retrato e desfocado (como nas obras de Boltanski), há um zoom-out e o rosto da menina torna-se apenas mais um dentre os vários rostos do quadro.


Animação para celular 30 segundos.




Um álbum de fotografias é mostrado, com uma mulher a observar o álbum, conforme ela vai observando as fotografias, ela vai tendo lembranças que são mostradas atrás do personagem, em sua mente. O personagem fecha o álbum, porém sua imagem o observando continua estática, e essa imagem na verdade é um retrato. O que queremos passar com isso é a sensação de relembrar o que aconteceu naquele momento que em que foto foi tirada, todos quando observam uma foto, relembra, um filme de lembranças se passa, sobre aquela respectiva foto observada.


Por Kátia Akemi - MA2

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Colocando a mão na massa...

Conforme orientações, o objetivo desse projeto é desenvolver uma animação bidimensional sonorizada para web com 1 minuto, e uma para dispositivos móveis (celular) com 30 segundos de duração, a partir de um trabalho teórico sobre a construção da imagem fotográfica do fotógrafo escolhido.

Após as etapas do Pré-Projeto: levantamento das referências bibliográficas, levantamento iconográfico, problematizações, recorte (ou delimitação), e com base no tema geral, que é fotografia, escolhemos o artista Christian Boltanski. Boltanski é um artista francês, que utiliza da fotografia para criar suas instalações. Vale ressaltar que desde o ínicio do projeto, nosso foco foi trabalhar a questão da memória. Iniciamos com a escolha do nome do projeto, queríamos utilizar alguma palavra ou termo em francês que simbolizasse sua obra. O resultado que chegamos é o nome adotado para todo o projeto, "déjàvu".

A partir daí iniciamos a criação da proposta do PDP (Proposta de Desenvolvimento Projetual), que deve conter o conceito de criação, o levantamento iconográfico, paleta de cores, storyboard, processos e linguagens tecnológicas utilizadas. Todas esses ítens devem conter referências e ser devidamente justificados.

Após serem definidos todos os ítens, iniciamos a criação da peça gráfica. Baseado no conceito extraído da pesquisa teórica, nossa peça também tem o objetivo de contar uma história (reinventada). A figura da personagem, em preto, representa um ser anônimo. A idéia da peça se parecer uma longa tira, foi definido por analogicamente remeter à linha da vida. Para “ler” a história, a personagem pode ser manuseada e percorrer todas as etapas do projeto. A transição de uma tela para outra foi baseado na questão de como os fragmentos de memória surgem em nossa mente, em flashes.

Foi muito trabalhoso fazer, principalmente montar. Mas é muito bacana ver o resultado. Seguem algumas telas do processo, e em breve postaremos a peça pronta!

Em processo..


E mais algumas telas, finalizadas. É possível notar a presença da personagem, que transita pela tela.



Por Renata L T Deformes

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Início do PDP

Hoje tivemos aula do Inter. Definimos como serão as animações para web e para celular e fizemos os esboços para o início do storyboard.
A animação para web deverá ter um minuto e a animação de celular 30 segundos, serão animações diferentes, mas que remetem a mesma idéia: lembraça e memória. Para semana que vem iremos trazer PDP (Proposta de Desenvolvimento Projetual) pronto para a orientação e fazer algum ajuste necessário.
O trabalho deverá conter o conceito de criação, levantamento iconográfico, paleta de cores, storyboard e processos e linguagens tecnológicas utilizadas. A data de entrega é dia 15 de abril (daqui duas semanas), por isso estamos correndo para não acontecer o que aconteceu na entrega do projeto teórico: nos atrasamos muito por causa da impressão e encadernação, e quase não pudemos entregar.
Foi um susto mas serviu para dar uma balançada no grupo e para servir de alerta para não deixar as coisas para a última hora novamente. O grupo está bem sintonizado na minha opinião, algumas pessoas demonstram mais interesse, mas no geral está tudo nos conformes.

Por Jennifer Defensor M

quarta-feira, 25 de março de 2009

Considerações Finais

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A maior parte da obra de Boltanski não é sobre o espetáculo da morte, mas sim sobre relíquias e traços de vidas vividas. A fotografia é um tipo de natureza morta, uma vida congelada. Para o artista o importante não é criar uma peça de arte grandiosa, mas sim a obra ser ativa onde está, utillizando-se das pessoas, sem a idéia de ser uma obra de arte imortal.

Boltanski se preocupa com rastros de pessoas desconhecidas (sejam documentos, roupas, fotos), a fim de arrancá-las do anonimato das estatísticas e lhes devolver uma individualidade digna. Um dos questionamentos em sua obra é não ver na multidão uma massa, mas sim um indivíduo único. Neste sentido, ele busca arquivar, a fim de não esquecer.

O que nos chamou a atenção é o modo como o artista organiza os objetos e imagens, e demonstra uma ficção que se junta à realidade e se confunde com ela. Remete também como uma construção de sentidos e de histórias com seres imaginários, que se sustentam a partir de um jogo associativo de leitura, dando uma nova vida aos objetos e imagens.

E finalizando (ufa), essa primeira etapa do trabalho, segue o conceito para a criação das animações. Nós sabemos da dificuldade em utilizar da técnica do Stop-Motion, mas iremos iniciar o desafio nos próximo dias.

CONCEITO DE CRIAÇÃO DAS PEÇAS

Animação para web:
Baseando-se no conceito de vidas vividas, iremos utilizar a técnica de pixilation (stop-motion com pessoas), retratando suas vidas e posteriormente suas mortes, através de imagens sequenciais. No final do processo de vida de cada pessoa, suas faces serão enquadradas tornando-as parte do conjunto final de uma obra.

Animação para celular: Igualmente baseando-se no conceito de vidas vividas, iremos utilizar objetos do cotidiano sem saber exatamente qual sua utilidade, conferindo-lhes vida através de imagens associativas.

Por Renata L T Deformes

Projeto Teórico (parte IV)

SIGNOS UTILIZADOS NA MAIORIA DE SUAS OBRAS

5.1 - Fios - Os fios simbolizam conexão e a maneira de como todos nós estamos interligados uns aos outros, independente de nossas características. O artista utiliza luzes, porque quer colocar pessoas anônimas da sociedade num pedestal, para manter sua memória.

5.2 Retratos desfocados - O “desfoque” serve para representar o esquecimento e saudade das pessoas. Boltanski diz que existe uma "área" na mente de todos, na qual existem coisas e pessoas esquecidas, e é exatamente nessa "área" que ele quer trabalhar. Como marca registrada, ele procura refletir sobre a condição mortal do homem a partir da arte. A sua obra mostra o rosto obssessivamente. Boltanski acredita que o espírito é revelado através da face. Seu trabalho é todo sobre pessoas, atuando como um memorial para cada um dos diferentes rostos expostos.

5.3 Religião e morte - Apesar de não ser religioso, ele utiliza a religião como um veículo para se expressar. Boltasnki acredita que se sua obra pode ser considerada cristã, é porque acredita que todos são diferentes - uma observação igualmente judia. Embora todos pareçam iguais, todos são únicos. Ele crê que mortes devem ser contadas unitariamente. O cristianismo lhe parece colocar ênfase no indivíduo de um jeito muito especial.

Boltanski diz que falar da morte como um dos grandes temas da vida é confrontrar sua própria morte. Estando morto não há como morrer.  O artista olha a morte com voyerismo, e afirma que todos fazem isso. O expectador se torna um voyer, e ao mesmo tempo fica envergonhado com sua atitude; há uma fascinação, um tipo específico de prazer nisso. De um certo jeito quando olhamos uma imagem violenta ou mórbida nos tornamos os criminosos.

5.4 - Velas - A funcionalidade da vela em sua obra lembra a atmosfera de uma Igreja católica, mas é igualmente invocativa para a memória do menorah e as luzes cintilantes do Hanukkah.

5-5 - Latinhas de Biscoito - Boltanski sempre tenta se utilizar de formas que as pessoas possam reconhecer, ele utiliza as latinhas pois são objetos minimalistas, mas também porque sabe que as pessoas de sua geração podem reconhece-las. Todos guardavam seus pequenos tesouros em latinhas de biscoito. Também remete para algumas pessoas, as urnas de metal, aonde cinzas são guardadas. Sua intenção é que sua arte seja mais sobre redescobrimento do que descobrimento.

Por Renata L T Deformes

Projeto Teórico (parte III)

O DIFERENCIAL NA OBRA DE BOLTANSKI

Segundo Boltanski, que se classifica como sendo um pintor, pintar significa falar com coisas visuais, a questão sobre o tempo é importante, quando você assiste um trecho de um vídeo você pode ficar dois minutos ou duas horas e você pode se mover enquanto isso, um filme tem começo, meio e fim. Quando você olha um filme por outro lado, você senta e assiste do começo ao fim. Em novelas, filmes e músicas, há sempre essa questão do tempo, quando você olha uma imagem estática não há esta progressão (entre comeco, meio e fim).

A instalação do seu trabalho é muitas vezes teatral, no qual a obra atua sobre si mesma, como um evento na qual você se move no tempo, este é seu jeito de criar um senso de suspense e drama familiar ao efeito do cinema enquanto usa uma imagem estática. Quando cria uma imagem, sempre faz o expectador ficar atento de que há um começo e um fim. Por um longo período houveram performances artísticas aonde as pessoas paravam e simplesmente observavam a obra, mas nos últimos dez anos o expectador se tornou uma espécie de ator. Por exemplo, em sua obra The Ordinary Days (1996) havia um pequeno corredor escuro que em seu final havia uma luz muito branca, quase cegante; O corpo do expectador, dessa maneira, ficou portanto envolvido no ato de olhar: olhar para algo se tornou parte do trabalho.

Há algo em seu trabalho em relação ao poder, de ver um grupo de trabalhos acumulados e seu efeito que se torna indispensável - a obra se altera completamente. Também, em razão da iluminação e da teatralidade seu trabalho se torna quase religioso e leva a comparar aquele tipo de espaço como um espaço de devoção.

Boltanski expõe que mesmo não sendo religioso, que nossa primeira relação que temos com a arte é quando vamos a igreja pela primeira vez. Não porque há pinturas lá, mas por causa da presença do padre, de quem as palavras e ações por algum tipo de abstração nos dizem algo de muito importante; você está numa ordem simbólica e no reino do misterioso. O mesmo acontece na pintura.

Boltanski utiliza objetos em suas obras que sabemos que foram usados para algo, mas não sabemos exatamente para que - mostrando assim sua estranheza. Tem a ver com tipo de mitologia individual. Os objetos que ele mostra vêem de sua própria mitologia; a maioria dessas coisas está morta e é impossível de entender. Podem ser coisas insignificantes, ou simples, ou frágeis. Mas pessoas olhando para elas, podem imaginar que um dia foram úteis para algo.

Sua intenção ao usar objetos é de invocar vidas que foram perdidas, e agora se foram. Eles simbolizam a morte de alguém. Parte do seu trabalho tem a ver com a memória recente. A memória ativa é guardada em livros, enquanto a memória recente é sobre as coisas triviais: curiosidades, piadas. Parte de seu trabalho então, tem sido sobre tentar preservar a memória recente, porque quando alguém morre, está memória desaparece. No entanto, essa memória recente é a que faz as pessoas diferentes umas das outras, únicas. Essas memórias são muito frágeis; sua intenção é aparentemente salvá-las.

Projeto Teórico (parte II)

O ARTISTA: CHRISTIAN BOLTANSKI

Christian Boltanski nasceu em 1944, na Paris ocupada pelos nazistas, e iniciou sua carreira como pintor num momento em que a arte se abria para um vasto universo de experimentações. Ao final dos anos 60, abandonou o trabalho com a pintura para se dedicar a obras mais complexas que incluem vídeo, fotografia, livros, cartas e instalações.

Ao misturar ficção com a arte de documentar fatos, o artista cria um “valor associativo” para suas obras. Em suas instalações ele realiza um grande painel de retratos e justapõe imagens e objetos do cotidiano (principalmente roupas) que pertenceram a alguém. A intenção é colecionar seres e objetos do mundo dando novos significados e conferindo-os uma nova identidade.

“(Díriamos que a fotografia sempre traz consigo seu referente, ambos atingidos pela mesma imobilidade amorosa ou fúnebre, no âmago do mundo em movimento: estão colados um ao outro, membro por membro, como condenado acorrentado a um cadáver em certos suplícios (...)". (BARTHES, Roland, 1984 – pag. 15).

Boltanski quer transmitir a mensagem de que todos nós um dia iremos cair na vala do esquecimento, da saudade, e morrer... E que na mente de todos também há pessoas na qual esquecemos com o tempo ou que lembramos, mas com uma visão distorcida, como um sonho, ou como a sensação de saudade.

Por Nicole Nadine

Impressões e Projeto Teórico (parte I)

Como a Kátia comentou, foi realmente uma etapa difícil. A questão de conciliar o tempo de todas as integrantes do grupo, de alinhamento, encontros, definição de conceitos, e principalmente, encontrar referência bibliográfica em português. Não há material traduzido sobre ele, apenas alguns artigos na internet. Felizmente conseguimos acesso há um livro maravilhoso "London: Phaidon Press Ltda, 1997 Christian Boltanski", que nos fez ficar mais encantadas com obra de Boltanski.


INTRODUÇÃO

“Numa guerra não se matam milhares de pessoas. Mata-se alguém que adora espaguete, outro que é gay, outro que tem uma namorada. Uma acumulação de pequenas memórias..." (BOLTANSKI, 2001 - online).

O projeto Interdisciplinar baseia-se nas instalações de Christian Boltanski (1944). Desde os anos 60, o artista que se caracteriza como pintor, aborda questões relacionadas à sua vida pessoal (que muitas vezes é reinventada e construída de maneira ficcional), além de questões como a memória, a identidade, a ausência, a cultura do esquecimento, a perda e a morte. Ele questiona que se vamos todos morrer, então, porque tantas guerras (remetendo-se às vitimas do Holocausto ou as identidades anônimas mortas, através dos retratos utilizados em suas obras). Ele se utiliza da negatividade e da religião como veículo para chamar a atenção sobre interessantes questionamentos, e sobre certas crenças, que nos permitem investigar como pensar o presente momento, e a questão de que cada ser é único e individual.

No ano de 1960, surge um grupo de artistas que promovem a primeira exposição sobre o que foi caracterizado como Novo Realismo. Com esse movimento, o sentimento era de conectar o mundo da arte ao mundo real, baseando-se na introdução dos elementos reais nos trabalhos de arte. Ainda que Boltanski não pertença a esse grupo oficialmente, sua obra aborda a questão do lugar dos objetos do cotidiano em suas obras, e a maneira como são ordenados e apresentadas aos olhos do expectador.

Boltanski põe em evidência a construção da nossa experiência à medida que constrói histórias, abrindo um imaginário que varia de acordo com cada interpretação, permitindo que haja um contato físico com o que irão ver. Baseado nessa questão, e visando compreender o momento em que viveu, iremos estudar sua época, e as técnicas que ele utiliza para substituir sua própria experiência através do valor significativo dado à essa nova existência.

Ao desenvolver o projeto vamos estudar sobre a questão de memória trabalhada por Boltanski segundo seu livro (London: Phaidon Press Ltda 1997 - Christian Boltanski), e considerando as informações selecionadas e justapostas utilizadas nas instalações, além da importância da relação arte/vida.


JUSTIFICATIVA

Segundo Ronaldo Entler, quando falamos em memória, não estamos falando de informações que são guardadas intactas, mas fragmentos ou lembranças que são armazenados e recuperados em forma de memória. Nossa capacidade de armazenamento guarda uma memória recente ou ativa, e as mais antigas vão sendo sobrepostas ou vão sendo formadas no que podemos chamar de novas memórias ou mentiras verdadeiras.

Boltanski percebe esse “espaço” e tira proveito daquilo que falta. “Seus trabalhos permitem uma redefinição da noção de realismo: assumem a precariedade da ligação construída com o real, sem negá-la. Convidam a pensar sobre o modo como nosso desejo é especialmente fisgado, não apesar do pouco que a imagem nos oferece, mas exatamente porque ela não oferece tudo. (ENTLER, Ronaldo. on-line).

Christian Boltanski trabalha com o anonimato fotográfico, ele coleta álbuns de família, retratos 3x4 e arquivos que remetem à fotografia. Ele reúne documentos sobre sua suposta morte, retratando um acontecimento que não aconteceu. Ele utiliza desse suporte, de trabalhar com o repertório anônimo, que funcionou no passado como a memória afetiva de alguém. Suas obras misturam memória e imagens, além de apagar as diferenças entre as pessoas (não há como saber se o indivíduo era a vítima ou o herói), ele é um contador de histórias, e se denomina um palhaço ambulante.

“Eu sou um pintor extremamente tradicional. Eu trabalho para proporcionar emoções aos espectadores, como todos os artistas. Eu trabalho para fazer rir ou chorar o mundo...". (BOLTANSKI, 2001 - online).

O principal foco do trabalho é a produção de memória e a cultura do esquecimento, que segundo o próprio Boltanski, se apropria do arquivo alheio e faz uma espécie de intervenção. Com base nesse conceito, iremos elaborar duas animações, que tomam como referência as experimentações e a originalidade que essa abordagem artística nos proporciona através dessas pistas e questionamentos.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOLTANSKI, Christian. Christian Boltanski. London: Phaidon. Press Limited, 1997.

BARTHES, Roland. A Câmara Clara. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984.

BOLTANSKI, Christian. Artcyclopedia. Disponível em: http://www.artcyclopedia.com/artists/boltanski_christian.html. Acesso em: 18/03/2009.

BOLTANSKI, Christian. Boltanski Website. Disponível em: http://www.christianboltanski.net. Acesso em: 01/03/2009.

SCHRAENEN, Guy. Christian Boltanski: a memória do esquecimento. Disponível em: http://www.serralves.pt/gca/index.php?id=441. Acesso em: 01/03/2009.

CULTURAL, Itaú. Novo Realismo. Disponível em: http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_IC/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=362. Acesso em: 18/03/2009.

ENTLER, Ronaldo. Entre a memória e o esquecimento: realismo na fotografia contemporânea. http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2005/resumos/R1089-1.pdf. Disponível em: 18/03/2009.

BOPPRÉ, Fernando C. A natureza segunda da morte. Disponível em: http://www.centopeia.net/download/natureza_segunda_da_morte.pdf. Acesso em 10/03/2009.

Por Renata L T Deformes

Recorte

Boa tarde, tivemos alguns descontroles em nosso grupo, mas agora tudo está se ajeitando.
Nosso recorte é baseado na memória, esquecimento, morte e da questão abordada por Boltanski em diversas entrevistas com o fotógrafo "qual é a nossa importância na sociedade?"
"Um soldado morre na guerra para salvar a pátria, porém cai na vala do esquecimento"
Todos nós temos uma história que , queira ou não, um dia cairá também na vala do esquecimento. É com isso com Boltanski trabalha, e é isso que iremos dar foco em nosso trabalho.

Vamos tirar fotos com técnicas utilizadas por ele nesta próxima quarta-feira.


Por: Kátia Akemi Omine - MA2

quinta-feira, 19 de março de 2009

Algumas de suas obras





O blog passou por algumas mudanças de layout. Essas mudanças ocorreram devido ao nosso olhar que também mudou em relação ao artista. A idéia foi transmitir uma sensação de introspecção, reflexão.. um olhar observador, assim como Boltanski espera que façamos ao observar seu trabalho.

Um pensamento de Boltanski que me chamou a atenção: "O que importa é evitar o esquecimento", e que me fez refletir de vivemos num mundo em que a maioria das coisas são efêmeras, poucas são duradouras.

Por Renata L T Deformes

obs: a Natalia Pak não está mais no grupo.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Apresentação e Biografia

Interdisciplinar: Design e Animação
Tema: Design e Mobilidade: Fotografia
Subtema: Christian Boltanski

Christian Boltanski é um dos principais artistas dos anos 1960 e 1970. Boltanski constrói um espaço ficcional que tem como intenção substituir a sua experiência. Utiliza como tema a sua vida pessoal (verdadeira ou reinventada), a memória, a identidade, a ausência, a perda e a morte. Seu trabalho se baseia em construir uma autobiografia imaginária.

Além de fotografias o artista também realizou produções como publicações de livros, catálogos, filmes, retratos. Na qual o artista mostra o seu fascínio pela memória coletiva anônima.

Encontrei esse trecho nesse blog, achei muito interessante.


(No Museu Guggenheim de Bilbau)

As pessoas não estão ali. São retratos
cujos corpos a morte deve ter levado,
a uns durante a guerra que os evoca,
a outros no fim do tempo de cada um,
restando o esquecimento que os envelhece.
Talvez seja a razão de as fotos serem
todas de tamanho igual e Boltanski
as alinhe como campas suspensas da parede.
Os vivos caminham sem ruído, a olhar
em busca de algo que seja luz,
entre lâmpadas votivas como velas,
e nesse recanto de três muros não há luz
senão a de existirem e desnudarem
a ausência que os olhos acentuam.
É um réquiem sem nada a que aspire.
Nem o amor vale ao destino
de se ter nascido como aquela gente.
Nem os beijos que se buscam
ou os corpos que se dão para serem num.
Não há nada que redima.
Um menino diz o meu nome é Peter,
morri no bombardeamento de Aschaffenburg.
Outro é Bulie e chama Roswitha!
e a irmã não responde nem ouve.
Há amor também, desejo, risos, mais crianças.
Tudo no entanto é vão e contrário
do que se mostra, entre as lâmpadas
em vigília e fotos de soldados nazis
como um sinal de morte, misturadas
às de cadáveres de onde se esvai o sangue
e à da mulher violada de cujo rosto,
num cair de pálpebras, nasceu a libertação.
É um deserto este recanto de museu,
uma capela de silêncio há muito encerrada.
Ou que nunca se abriu.
Boltanski chamou-lhe Humans.


fonte:
http://www.studium.iar.unicamp.br/22/03.html?ppal=2.html


Por Renata L T Deformes